O objetivo da operação é identificar quem está por trás do esquema. Uma pessoa se prostituir não é considerado crime. Mas alguém que explora e lucra com o agenciamento dessa prostituição é considerado criminoso.
No mês passado, cerca de 10 pessoas foram indiciadas e processadas por envolvimento no esquema, segundo mostrou com exclusividade reportagem da Folha. Nos primeiros dez dias de junho, segundo a coluna apurou, outras 20 pessoas já teriam sido identificadas como beneficiárias da exploração de prostituição.
Estão envolvidos nessa nova leva de suspeitos ex-garotas de programa, ex-produtores de TV e pelo menos um policial civil.
A PF chegou a essas pessoas por meio de novos grampos, autorizados pela Justiça, que monitoraram telefones de dançarinas, animadoras de programas de TV e até de parentes delas. Essas moças foram flagradas negociando com terceiros e terceiras programas e encontros com clientes. Dependendo da "fama" da garota, o programa pode custar até R$ 6.000 (por três horas).
Agora o novo alvo são sites de sexo que cobram dos internautas o acesso a seu portfólio de garotas. A polícia desconfia que alguns desses sites viraram a segunda opção de agenciamento, depois que a operação Harem foi deflagrada. Muitos endereços estão hospedados fora do Brasil, em países da Europa Oriental que dificulta a ação policial.
Embora algumas moças relativamente conhecidas do público da TV aberta já tenham sido identificadas como tendo um, digamos, segundo emprego, a coluna apurou que elas não são o alvo dos policiais -- e sim seus agenciadores. No entanto, elas serão chamadas a depor como testemunhas, mas sob sigilo. A operação foi iniciada no ano passado.
Fonte: Ooops! - Uol Notícias (Ricardo Feltrin às 13h51min)
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