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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Consumo de TV está instável, diz diretor do Ibope

http://blogs.r7.com/daniel-castro/files/2009/12/Flavio_Ferrari.jpg
“O consumo de televisão aberta está instável. Hoje temos um maior leque de lazer, há mais opções. A vida ficou mais interessante”.
A frase é de Flavio Ferrari, diretor-executivo do Ibope, multinacional brasileira que mede audiência de TV em 14 países da América Latina.
O maior leque de lazer explica, de acordo com Ferrari, a queda no número de televisores ligados e a a fuga de telespectadores para novas mídias (como o DVD, o videogame e a TV paga).
Levantamento publicado por este blog no começo da semana passada revelou que novembro bateu recorde em televisores desligados.
De 2000 a 2009, no horário nobre, a TV aberta perdeu 7 pontos para o botão “off” do controle remoto, o que representa uma queda de 11% no consumo de TV. A média de televisores ligados das 18h à meia-noite baixou de 66% para 59%. Outros cinco pontos da TV aberta migraram para a TV paga, para DVDs players, para os chamados “outros canais” (pequenas emissoras em UHF, circuito interno de vídeo) etc.
Ferrari admite que o “engajamento” e o “vínculo” do telespectador com a programação da TV aberta enfraqueceram. “Antigamente, o sujeito não podia perder a novela. Agora essa relação está mais frágil”, afirma o executivo.
Para tentar detectar um possível ponto de fuga da audiência da TV aberta, o Ibope se prepara para começar a medir, no máximo até 2011, o consumo de televisão em DVD player e em DVR (gravador digital). Ou seja, o Ibope vai medir a programação pré-gravada pelo telespectador.
O instituto desenvolveu uma tecnologia que identifica o conteúdo que o telespectador está assistindo, e não mais apenas a frequência, como atualmente. Isso permitirá detectar, por exemplo, a audiência que um programa teve horas depois de sua transmissão.
Ferrari afirma que, para implantar a tecnologia, o mercado (TVs, anunciantes e Ibope) precisa resolver algumas questões técnicas: até quanto tempo depois de exibido o programa será aceita a medição em DVD ou DVR? Uma segunda projeção em DVD e DVR contará audiência? A audiência do DVD e do DVR será somada à medição em tempo real? E como ficam os intervalos comerciais, se muita gente os “pula” quando vê ou revê um programa gravado?

Fonte: blog Daniel Castro - R7.com (Daniel Castro)

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