Soa burocrático, mas é estratégico. O índice -minuto a minuto- é uma arma de emergência para as emissoras tentarem reverter quedas acentuadas de audiência dos programas ao vivo ou bombar o que cai no gosto do público -sobretudo na linha de shows e nos jornalísticos populares. A regra é esticar o que vai bem e encolher o que derruba o ibope.
É graças aos índices em tempo real que Alan Rapp (diretor do "Pânico") e Homero Salles (diretor do Gugu) se alfinetam no Twitter enquanto os programas estão no ar. Sob o comando de Salles, ainda no SBT, o quadro "Construindo um Sonho" chegou a ficar duas horas no ar quando dava picos de 20 pontos, passando o "Fantástico".
"Mas as mudanças não podem desrespeitar o telespectador, sob o risco de terem o efeito contrário", alerta Dora Câmara, diretora do Ibope.
Belo Horizonte e Porto Alegre foram escolhidas pelo volume de produções locais ao vivo -para as quais o índice é útil. A TV Globo/RBS e a TV Bandeirantes fazem até seis programas diários desse tipo nas cidades. A TV Record, quatro. O SBT/Alterosa, dois.
Os dados estarão disponíveis em dezembro em BH (medidos em 300 residências) e em janeiro no Sul (250 domicílios).
Fonte: Ilustrada - Folha de S. Paulo
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