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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Moody"s eleva o rating da Globo para Baa3

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A agência de classificação de risco Moody’s elevou nesta segunda-feira o rating sênior em moeda estrangeira sem garantia de ativos reais da Globo Comunicação e Participações S.A. (“Globo”) de Ba1 para Baa3. Simultaneamente, a Moody’s atribuiu um rating de emissor de Baa3 na sua escala global e retirou seu rating corporativo, que foi substituído pelo rating recém atribuído. A perspectiva para o rating é estável.
— A elevação da Globo para Baa3 é baseado na demonstração de estabilidade de suas operações desde a conclusão da reestruturação de sua dívida em 2005, sua posição de liquidez confortável e índices de proteção de dívida muito fortes comparados aos seus pares na categoria de rating Baa — explicou o vice-presidente e analista sênior da Moody’s, Soummo Mukherjee.
Em 2008, a Globo recebeu grau de investimento da Standard & Poor’s e da Fitch. A Globo é a quinta empresa brasileira privada a obter grau de investimento pelas três agências (triplo investment grade).
Mukherjee acrescentou que a elevação também reflete o crescimento da receita total e da receita com publicidade da Globo, que excedeu o crescimento total de publicidade de TV do Brasil nos últimos quatro trimestres, bem como o aumento da diversificação da empresa no segmento menos cíclico de conteúdo e programação, que cresceu de 12% da receita total da companhia em 2006 para 15% em 2008.
Participação na audiência e qualidade reconhecidas O rating da Globo é principalmente sustentado por sua escala, tamanho e posição de liderança no mercado de TV aberta, com 45% de participação na audiência total média dos últimos doze meses.
O rating também reconhece a alta qualidade do conteúdo da empresa, com 76% da programação produzidos em seus próprios estúdios.
Também pesou favoravelmente a baixa alavancagem da companhia (dívida sobre Ebitda de 0,7 vezes para os últimos doze meses terminados em 31 de março de 2009, de acordo com os ajustes e definições da Moody’s).
Além disso, o perfil de amortização de dívida é confortável com apenas pagamentos mínimos inferiores a US$ 1 milhão nos próximos dois anos, US$ 43,2 milhões em 2012, US$ 200 milhões em notas com vencimento em 2022 e seus US$ 325 milhões em notas perpétuas.

Fonte: Economia - O Globo

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