Nas reportagens do futebol ou de qualquer outro esporte, como vôlei e basquete, por exemplo, já de muito tempo o enquadramento segue ordens bem definidas, ou seja, fechar no rosto do entrevistado, não permitindo que vaze na imagem propaganda externa, seja ela através de bonés ou banners que hoje decoram as diversas salas de coletivas. Claro que adotando essa postura, a emissora divide opiniões.
Entre entender, de um lado, como pura antipatia e egoísmo, e de outro, algo absolutamente natural ou legítimo direito, até cabe uma discussão.
Mas o exagero não pode ser levado em conta. Nesses últimos tempos, de modo especial, alguns setores resolveram responsabilizar a TV Globo pelo fechamento de algumas equipes de vôlei, que sempre foram patrocinadas por grandes empresas. Bala perdida.
Uma coisa não tem rigorosamente nada a ver com a outra. Podemos falar em crise, novas políticas de investimentos ou até na incompetência administrativa de vários dirigentes esportivos, mas culpar uma televisão por mais essa é algo que chega próximo da inconsequência.
É hora de botar esse problema às claras. Muitos desses times funcionam como franquias e os intermediários, interessados em facilitar a negociação, "vendem" a exposição na Globo e em outras emissoras. Esse é o jogo.
Televisão nenhuma é obrigada a fazer propaganda gratuita de ninguém.
O "Jornal do SBT", por exemplo, continua naquele horário intragável. Por causa de um longa-metragem reprise, exibido no "Cine Espetacular", Cyntia Benini e Carlos Nascimento só entraram no ar a uma e quinze da madrugada de quarta-feira. Semana passada foi ainda pior.
O "SBT Repórter" certamente é o único programa da televisão brasileira dividido entre duas produções. Uma é diretamente ligada ao departamento de jornalismo e, a outra, responsável pelas produções e reprises. As salas e as pessoas, inclusive, são diferentes. Os trabalhos são apresentados em sistema de revezamento. Uma tem direito a chamadas, inclusive nos telejornais, e a outra não, mas ambas com extrema repetição dos temas.
Agora, informa-se, todo o material que Ana Paula Padrão deixou do "SBT Realidade" será transformado em "SBT Repórter".
Dado interessante - hoje, com toda certeza, o "Jornal do SBT - Manhã", apresentado por Analice Nicolau e Hermano Henning tem o maior share, participação de audiência, de toda programação da emissora.
Passa de 50% em suas duas edições das 5 e 6 da manhã.
O Recnov, complexo da teledramaturgia, por exemplo, trabalha acima deste limite há muito tempo. Os equipamentos disponíveis têm condições de gravar duas novelas. Nada mais que isso.
Atualmente são duas novelas e um seriado. "Bela, a Feia", por enquanto, vai continuar na sala de espera.
Enquanto isso, alguém decidiu comprar 30 câmeras, última geração, para o jornalismo. Todas checadas e com chapinha do patrimônio, mas novamente guardadas em suas caixas. Não existem ilhas de edição para elas.
Nos interiores da Rede Record existe a notícia que, depois de concluir seus trabalhos em "Mutantes - Promessas de Amor", o autor Tiago Santiago irá escrever um seriado ou minissérie, enveredando pelo lado do humor.
Aliás, autor nenhum tem a obrigação de acertar sempre. Mas, "Promessas de Amor" segue ladeira abaixo e frustrando o investimento. Na terça-feira nem chegou aos 10 pontos. Deu 9 pontos.
Em tempo: ninguém deve se surpreender com uma volta, em breve, do mesmo artista ao programa. Depois de conferir o resultado no ar, ele rasgou elogios à equipe.
Ele realmente arrasou em cena.
Fonte: Canal 1 (Flávio Ricco)
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